ANIMAIS DESPREZADOS
(não coloquei imagens...
são demasiado conhecidas por essas ruas)
Quero que Deus me ilumine nesta hora de aflição.
Quero que Deus determine novas regras, estas não.
Não servem os fins em vista se a «humanidade» (?), perdida,
ainda quer que eu desista; viva, de tudo, esquecida.
Eu vi na rua, perdido, um cão, tão magrinho e só;
desfigurado, aturdido, patinhas tortas, um dó.
Foi, talvez, atropelado tempos atrás. Tinha um olho
saliente, destacado; e muito inchado o sobrolho.
Falhas do pelo, rasinho, negro, sujo; e, também,
muitas carraças e pulgas. Dos «seres humanos» (...) Desdém!
Fico doente, enojada, ao ouvir a tacanhez
da resposta que me é dada ano a ano, mês a mês,
por quem possui competências pra solucionar os casos
mais prementes; e, urgências que não devem ter atrasos:
- Dê-me o nome, o telefone, para a participação;
local exacto e, conforme o trabalho, lá irão
os serviços respectivos.
Como se animais ficassem,
(sem estar mortos), inactivos
na rua, até que os buscassem!!!!!!!
Pode não haver ninguém, para votar entre mil,
uma Lei que obrigue alguém a activar um canil?
Neste país de doutores vomitam-se Leis. Papéis
para que os não cumpridores fiquem a salvo, infiéis.
Desça do seu automóvel, presidente, vereador,
e ande nas ruas!... Imóvel ficará, perante o horror.
Saibam porque não dormi, me adoece a insensatez.
Animais abandonados... em casa, já tenho 3.
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24/06/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958