Vizinhos inconscientes - poema
dois cágados, distraídos,
num campo onde os encontrou.
Tais vizinhos, só punidos!
São animais engraçados,
não fazem mal a ninguém;
mas, não conseguem escapar
à fúria que o homem tem.
Eles não podem correr,
e nem conseguem fugir.
Dentro d'água é que são mais
difíceis de perseguir.
São bichinhos pachorrentos,
vagarosos no andar.
Nem servem para comer;
muito menos pra brincar.
Pra quê, trazer animais,
retirá-los do seu meio?
Metê-los dentro de casa
pra nosso gáudio? Recreio?
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14/03/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958